Natan Cavalcante e Samara Monteiro, 18 e 19 anos, estudantes de Jornalismo e Direito, respectivamente. Concordamos, discordamos, questionamos e expomos nosso ponto de vista como juventude pensante e participativa na sociedade. Aqui é sempre fim de tarde, num parque onde todos os bancos são nossos.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Para dar adeus

Não sei ao certo como conhecemo-nos ou quando nos tornamos amigos, a data exata é provavelmente impossível de ser lembrada, mas fato é que, de conhecidos de uma infância já esquecida, por parecer que naquela época era algo distante, passamos por um estágio de (re)conhecimento, e então, criamos um laço de amizade que eu, em minha ingenua concepção, achei que era uma verdadeira amizade. A ligação crescia e se consolidava a cada dia passado numa convivência até desgastante, mas que se tornava divertida, diante de uma amizade como aquela. Depois dos inúmeros dias, meses e anos passados, as coisas mudaram como era de se esperar, e aquela amizade com quem compartilhei tantos momentos engraçados ou mesmo casuais, e que sonhei que seria uma amizade levada até o leito de morte, devido a felicidade que me trazia, tornou-se seca, sem nenhuma graça, e já não mais me diverte, já não mais me alegra e anima, já não mais me acalma, já não mais me defende, como um dia a vi fazer, por não sei que motivo, por não sei que razão. Hoje, depois de tanto tentar recuperar a um dia amada amizade que cultivei, pois sempre lembrava do trecho do livro "O Pequeno Príncipe" que diz: "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas", despeço-me daquela amizade pueril de quem um dia fui cativo e que também cativei. E esta é a última homenagem que presto à ti, que um dia amei e idolatrei como a amizade mais querida e que hoje, para minha tristeza, não passa de um coleguismo formal. Adeus.

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