Sobre a eficiente democracia brasileira

Essa semana comentávamos na escola sobre a incrível capacidade do brasileiro de rir de suas próprias desgraças. É certo que já estamos acostumados a ouvir falar no grande circo que é a nossa "democracia", mas já acho que as coisas estão passando dos limites. Só não há limites para a cara de pau! Parece-me que desde que Dom João VI decidiu raspar os cofres por aqui e se mandar para Portugal, a palhaçada não parou mais. E pior, tornou-se banal. Deputados têm coragem de dizer em rede nacional que não sabem o valor do salário mínimo! Sem falar naqueles que estão "se lixando para a opinião pública", por que sabem que "serão reeleitos". Há ainda os donos de castelos nas Minas Gerais, os que curtem as férias com a família com o dinheiro público, e os presidentes que chamam de vagabundos os aposentados. Não esqueçamos das mulheres! As que comemoram com dancinhas no plenário quando seus cúmplices OPS! seus colegas de trabalho (se você for político e estiver lendo isto, procure no google ou aurelioonline) são absolvidos pelas robalheiras, e também as que nos mandam "relaxar e gozar". Que me perdoe a Marta Suplicy, mas é que é meio difícil para o povo relaxar e gozar quando muitos vivem em barracos de apenas um cômodo para abrigar toda a família, e outros têm castelos nos quais a minha casa (e olhe que é até grande) caberia nas piscinas. Também é meio complicado sabe, viver com um salário mínimo - esse que vocês desconhecem o valor. Apenas três dígitos, não é tão difícil lembrar! Agora o de vocês, esse sim eu nunca saberia, nem vocês devem saber o quanto faturam, somando-se salários altíssimos + verba desviada para fins particulares = população miserável. Enquanto essa se imprensa nos transportes urbanos, a Adriane Galisteu dá voltas ao mundo com o dinheiro do povo! A eles, que estão acostumados a enriquecer com o trabalho dos vagabundos, digo: infelizmente parece-me que o povo também ficará dançando nos plenários da vida, assistindo enquanto vocês são absolvidos, euforicamente esperando pelo próximo carnaval ou BBB. Imagino nossos ancestrais revolucionários debatendo-se em suas tumbas, ao verem o que se tornou a democracia pela qual deram suas vidas. tsc tsc.

Então, meus caros, que faremos? Continuar rindo das nossas desgraças, nesse enorme circo que é o Brasil, no qual NÓS somos os palhaços? E pra encerrar com o famoso jeitinho brasileiro de levar as coisas, concluo com a frase de um amigo meu, engraçado ou não, eu ri :P

"Não sei o que um cara faz com um castelo de 30 quartos. Eu não tenho nem 30 amigos pra chamar pra ir pra lá!" Thiago


ps: Não se preocupem, amigos! Antigamente os políticos podiam até processar as pessoas que falavam mal deles, mas hoje em dia isso não acontece mais, pois agora estão ocupados em se lixar para a opinião pública! Um abraço a todos, e que Deus tenha misericórdia de nós.